O maior acontecimento esportivo do final de semana foi a vitória do Hélio Castro Neves na lendária prova americana, as 500 milhas de Indianápolis. Pra quem não sabe, Hélio esteve até bem pouco tempo atrás sob julgamento de um processo movido pelo fisco americano e tudo indicava que seria condenado a uma pena que poderia chegar a 35 anos de prisão. O mais excepcional de tudo foi a forma como ele voltou às pistas e conseguiu resultados extraordinários depois de tanto tempo sem poder correr (quase 6 meses de inatividade).
A seqüência dos fatos:
- Início do calvário. No final do ano passado é preso e paga vultuosa quantia de fiança.
- 17/04, Helio e Katiucia (não confundir com aquela que beijou o Bono) foram
inocentados dos seis crimes de sonegação fiscal ao qual eram acusados, maiores
detalhes clique aqui.
- 18/04, volta ao cockpit da Penske nos treinos de Long Beach e consegue a oitava
posição para o Grid de largada.
- 19/04, chega em sétimo na corrida.
- 09/05, faz a pole para as 500 milhas de Indianapólis.
- 24/05, vence pela terceira vez a prova mais importante do calendário americano,
quiçá mundial.
Incrível não?! Uma recuperação que só encontra paralelo no retorno de Ronaldo em 2002, e olhe lá...
Enquanto isso, a equipe dos B’s (Brawn, Button, Barrichelo e Branson) continua imbatível. A bem da verdade só perderam na Malásia porque caiu um pé d’agua. Vitórias a parte, o que acho mais interessante é que a cada prova os analistas elegem um novo desafiante à hegemonia da Brawn. No início da temporada era Willians e Toyota, depois foi a Red Bull, e agora Ferrari. O fato é que um a um os rivais foram caindo e os nomes se alternando no pódio. O maior beneficiado disso é Button, que a esta altura já tem 28 pontos de vantagem para o rival mais próximo, Vettel (Barrichelo não é necessariamente um rival). Nesse ritmo poderemos ter um campeão já definido no GP da Europa ou no GP da Bélgica. Sem querer ser mãe Diná, mas já sendo.
A Red Bull estreou seu novo difusor e o resultado não foi bem o esperado. Vamos ver como se sairá em Instambul. A Mclaren mostrou as deficiências do carro. A Renault só não passa vergonha porque tem Alonso. A Toyota, cadê a Toyota? A Willians reina nos treinos livres, mas quando vale alguma coisa fica pra trás...
Sobre o “retorno” da Ferrari, que aliás foi amplamente explorado pela Globo – não sei se por empolgação do locutor ou pra estimular a audiência, acho que um pouco de cada, o que vocês acham?-, tenho minhas dúvidas. Mônaco é um circuito especial, diferente dos outros, e por isso mesmo não serve de parâmetro. Só vamos de fato poder avaliar o desempenho da Ferrari na Turquia – prova que ela venceu todas as corridas até hoje, 3 com Massa e 1 com Schumaquer - . Na prática eu diria que se a Brawn passear em Istambul os rivais podem jogar a toalha e esquecer o campeonato desse ano.
[]’s
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Pena que o Rubinho nunca teve a força de vontade do Hélio, muito menos do Ronaldo.
ResponderExcluirSe ele reclamasse menos e trabalhasse mais já teria tido muitas vitórias na carreira.
Go Button, GO!!!!
Sem dúvida. Uma boa dose de talento também ajuda!
ResponderExcluirAbs
Márcio.
Marcio, Parabéns pelo comentário sobre o Hélio Castro Neves, o cara mostrou que é um campeão, mesmo depois de passar por esse momento difícil na sua vida particular, ele conseguiu dar a volta por cima e voltando depois de 6 meses com uma vitoria sensacional na 500 milhas de Indianápolis...
ResponderExcluirCorreção: Quem venceu o 1º GP da Turquia foi o Raikonnen e não o Schumaquer. O blogueiro Rafael foi quem observou.
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